quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Procurando um pastor ...


Uma certa igreja estava precisando de pastor. Um dos presbíteros

escreveu  uma carta como se tivesse recebido de um candidato e a leu perante
o  conselho da igreja:

 "Senhores, sabendo que o púlpito de sua igreja está vago, gostaria de
candidatar-me ao cargo. Tenho muitas qualificações que, penso, irão
apreciar. Tenho sido abençoado com o PODER de Deus na pregação e tenho
tido  bastante sucesso como 'escritor'. Alguns dizem que sou bom
administrador; algumas pessoas, contudo, tem alguma coisa contra. Já sou de
certa idade.
Nunca fiquei no mesmo lugar. Tive que deixar uma cidade, porque a obra
causou tumulto e distúrbios. Tenho que admitir que estive na cadeia, 3 ou  4
vezes, mas não por más ações. Minha saúde não é muito boa, embora
eu  consiga trabalhar muito. Tenho exercido minha 'profissão' para pagar as
despesas.

 As igrejas em que tenho pregado, são pequenas, embora localizadas em várias
cidades grandes. Eu não tenho tido comunhão com os líderes religiosos das
diversas cidades onde tenho pregado. Para falar a verdade, alguns deles me
levaram às barras do tribunal e me atacaram física e violentamente. Eu não
sou bom para manter arquivos de registros. Muitos sabem que eu esqueci a
quem    batizei. Todavia se os senhores quiserem me aceitar, esforçar-me-ei
ao máximo, mesmo que seja obrigado a trabalhar para custear o 'meu
sustento'."

Depois de ler esta carta diante do conselho, o presbítero perguntou aos
oficiais se     estavam interessados neste candidato. Eles replicaram que
ele jamais serviria para aquela igreja. Eles não queriam um homem enfermo,
contencioso, turbulento, um ex- presidiário 'descabeçado'. E ainda mais... A
apresentação deste candidato era até um ''insulto'' para a igreja.

Depois perguntaram qual era o nome do candidato, e a resposta foi:

'O APÓSTOLO PAULO!'

(E vc, gostaria de ter Paulo como seu pastor???)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Dom de Sepultar Igrejas

É um assunto sensível e delicado, mas acho que devo escrever sobre ele. É o caso de pastores que acabam ficando conhecidos, não pelas novas igrejas que abriram, mas pelas igrejas que sepultaram. A mão deles, ao sair das igrejas, quase sempre foi aquela que fechou os olhos do pobre cadáver eclesiástico.


Soube que os colegas de um desses, na gozação, haviam decidido entregar-lhe “a pá de ouro”, quando finalmente se jubilou para alívio de todos... (qué malos!) Os pastores com o ministério do “esvaziamento bíblico” são um problema para suas denominações, que ficam sem saber o que fazer com eles, após terem criado problemas em praticamente todas as igrejas por onde passaram. O pior é quando um pastor desses acaba obtendo algum poder político no âmbito da denominação, o que torna ainda mais difícil achar uma solução.



E que solução haveria para os pastores que têm um histórico crônico de problemas nas igrejas por onde passaram? Acho que se deve, em primeiro lugar, dar um crédito de bona fide. Será que o problema é realmente o pastor ou as CLAMs e igrejas por onde, por azar, andou pastoreando? (há, de fato, CLAMs conhecidas por trucidarem pastores. Mas, isso é assunto de outro post...).



Descontado este crédito, fica evidente que tem gente que errou na escolha do ministério pastoral como sua missão no mundo. Talvez esse engano não foi intencional. O zelo e o ardor de servir a Deus e de viver em contato com sua Palavra e a sua obra fazem com que muitos jovens cristãos, cheios de amor ao Senhor, busquem o pastorado como a maneira prática de realizar seus sonhos espirituais. A esses, muito pouco tenho a dizer, senão que podemos ser espirituais, zelosos por Deus, amantes de Sua Palavra e de sua obra em qualquer outro lugar além do púlpito. Há cristãos zelosos e sinceros que sinceramente erraram na vocação. Há também aqueles que viram o pastorado como meio de vida, ou que ficaram fascinados pelo prestígio que o púlpito e o microfone na mão parecem conferir aos que chegam lá. O pastorado exige mais que desejos profundos de santidade e paixão pelas almas perdidas. E obviamente, nunca será eficazmente desempenhado por quem entrou por motivos baixos.



Não estou dizendo que a prova da genuinidade da vocação é o sucesso numérico, pastorados longos em um único lugar e um histórico de saídas pacíficas de diferentes igrejas. Sei que números não dizem tudo. Nem saídas pacíficas de pastorados longos. Contudo, dizem alguma coisa. O problema se agrava porque em denominações históricas se incentiva o ministério em tempo integral. O pastor, via de regra, só aprendeu a fazer aquilo mesmo: realizar atos pastorais, elaborar uma liturgia, preparar sermões e estudos bíblicos, atender gente no gabinete, visitar os enfermos e necessitados, animar os cultos de domingo, fazer a sociabilidade da igreja, e por ai vai. Se sair do pastorado, não sabe praticamente fazer mais nada. Vai acabar abrindo uma igreja para ele, como muitos fizeram. Para evitar o problema, algumas denominações incentivam pastores bi-vocacionados, isto é, que além do ministério pastoral, tenham uma profissão secular.



Pastores com o "dom" de fechar igrejas acabam se tornando um problema para todo mundo, especialmente quando eles vêm com um defeito de fábrica: a falta do “mancômetro”, um instrumento extremamente necessário para o ministério pastoral, que avisa quando está na hora de sair. Pastores sem mancômetro não conseguem perceber aquilo que todo mundo fica com receio de dizer-lhe abertamente: que de pastor mesmo, ele tem pouco ou nada. E que a melhor coisa que ele deveria fazer, era pedir para sair, e sair silenciosamente, sem fazer muito barulho.



Não posso deixar de admirar pastores que após algum tempo de ministério voluntariamente pedem para sair, ao perceber que cometeram um erro ao entrar. Conheci uns três ou quatro que fizeram isso, apesar de só me lembrar do nome de um deles. Tenho certeza que uma atitude dessas por parte de irmãos com o dom de enterrar igrejas agradaria ao Senhor. A ponto dele abrir-lhes portas para ganharem a vida de uma forma realmente digna e decente. Lembro-me da oração de meu sogro, o Rev. Francisco Leonardo, quando era reitor do Seminário Presbiteriano do Norte: “Senhor, manda para o seminário os verdadeiros vocacionados e coloca para fora os que não são”. Se mais diretores de seminários e conselhos de igrejas fizessem esse tipo de oração com mais freqüência, teríamos que entregar menos “pás de ouro” nos concílios.

por Augustus Nicodemus Lopes

sexta-feira, 20 de maio de 2011

VOCÊ TEM VOCAÇÃO PARA SER ESPOSA DE PASTOR?




Podemos começar buscando alguns sinônimos para a palavra vocação: aptidão, capacidade, habilidade, inclinação, jeito, orientação, predisposição, propensão, qualidade e tendência. Afinal, para ser esposa de pastor é necessário ter vocação? (Não tratarei aqui sobre o marido de pastora, por ainda serem casos raros).


Existe uma equívoco generalizado entre as Igrejas Protestantes com relação ao ministério das esposas dos pastores, o que tem causado estragos nos casamentos, angústias emocionais e frustrações para todos. Para falar o que é uma esposa de pastor, comecemos pelo que “não é”. Que fique claro: ser cônjuge de pastor não é ser co-pastora ou coadjutora. Não é ser Presidente da Sociedade das Mulheres, organizadora de eventos sociais ou zeladora da igreja.

Sendo pragmático, podemos afirmar que ser esposa de pastor, é ser o mesmo que uma esposa de médico, de advogado ou de piloto de avião, ou seja, ser esposa de pastor não pode ser nem mais nem menos do que a Bíblia orienta: “uma auxiliadora idônea”, uma apoiadora presente, um braço amigo, uma palavra de ânimo. Ou, resumindo: ser esposa! Mas, como assim?

Existem determinadas profissões que exigem dedicação diferenciada. Vejamos o médico: ele não tem horas certas para trabalhar e sua jornada é normalmente acima de oito horas diárias. Não raro, a esposa está com ele, curtindo o calor do marido na madrugada e o celular toca. Lá se vai o marido embora, dando mais atenção para o paciente do que para a esposa. Ele tem um compromisso com a vida e o seu juramento profissional o faz levantar-se, mesmo chovendo, e dirigir-se para o centro cirúrgico cuidar de alguém que dele depende. Se sua esposa não tiver sido vocacionada para ser esposa de médico, terá grandes crises e por raiva desejará inconscientemente a morte dos pacientes e não apoiará seu companheiro para ser um profissional de sucesso. Mas se esta esposa for vocacionada, saberá que a escolha dela em casar-se com um médico tem um ônus e ela não transferirá a responsabilidade de sua escolha conjugal para Deus.

Tenho um amigo de juventude que hoje é piloto de avião em rotas internacionais da TAM. Ele desde a infância sonhava em ser piloto de avião e todos os amigos o acompanharam, oraram e o apoiaram nesta difícil conquista. (saiba mais sobre este meu amigo neste link: http://www.cafecomdeus.com.br/sonhos-esperancas-e-o-tche/ ) Sua filha acabou de nascer. Sua profissão exige longas ausências de casa, tendo que “abandonar” esposa e bebê “sozinhos” em casa para cumprir sua vocação: levar pessoas mundo afora! Muitas vezes o telefone toca de madrugada para emergências, quando outros pilotos não comparecem: O avião tem que decolar! Ser esposa de piloto de avião tem bônus e tem ônus. Se sua esposa não fosse vocacionada para casar-se com um profissional cujo horário de trabalho é tão imprevisível, certamente entraria em crise por sua própria escolha conjugal, talvez até culpasse a TAM...

A escolha que uma mulher faz em casar-se com um clérigo é mais ou menos assim também. Uma escolha pessoal, respeitada pelo livre-arbítrio divino, e que é suportável quando a mulher é vocacionada. Mudanças de endereço constantes? Se esta não é a sua “vocação”, procure não casar-se com pastores ou militares. Famílias de militares são sempre transferidas no transcorrer da carreira e não tem como chorar com o bispo. Se não tem vocação para mudar para longe da saia da mãe, que não se case com militares ou clérigos: trata-se de sensatez pessoal. Assim como o médico, o piloto de avião, o advogado e alguns policiais, o pastor também tem horários diferenciados que o impede de dar a família a atenção que gostaria. Assim como a esposa do médico não deve ter raiva dos pacientes que tira o marido da cama, a esposa do pastor também deve controlar-se e não deve culpar Deus. Assim como o telefone do piloto toca em horários inconvenientes, a esposa de um pastor deve estar consciente desta mesma realidade profissional. A culpa de uma transferência de endereço indesejada não é de Deus ou da Igreja, mas das escolhas conjugais feitas no passado. Agora é olhar para frente. Tudo tem ônus e bônus.

Outro aspecto importante diz respeito à expectativa comportamental que se alimenta em torno das esposas de clérigos. Se não, vejamos: Se um piloto fica doente, é sua esposa que em seu lugar pilota o avião? Claro que não, ela tem sua profissão. Se um policial dá uma ordem de prisão, sua esposa pode interferir? Não! As decisões do policial ou do pastor são prerrogativas suas e não da esposa. Se o médico está impossibilitado, é a esposa quem faz cirurgias? Impossível imaginar! A função destas esposas é serem esposas, ou seja: apoiar, incentivar, caminhar junto, de mãos dadas, suportando as conseqüências naturais das escolhas.

Natural que a esposa de pastor busque uma visão diferenciada do Reino. peça a Deus discernimento espiritual para por ele orar sempre. Cobrir o marido em oração, etc... Mas isto não é ser "pastorinha".

Não é sensato que esposas de clérigos aceitem a pressão que a igreja exerce sobre elas, constrangendo-as a serem um tipo de “co-pastora”. Certamente que estas mulheres também têm suas profissões, seus afazeres e obrigações e é um erro abandonar o cuidado com o marido e com os filhos para cumprir uma jornada informal de trabalho clérigo não remunerada.

Infelizmente, muita vezes, o próprio pastor, por ignorância, expõe sua esposa ou a pressiona a assumir cargos na igreja que estão além das forças dela. Se ela for vocacionada, as coisas  naturalmente acontecerão, como acontece com quem é vocacionado para trabalhar com crianças, louvor ou mulheres. Se a esposa não for vocacionada, impor pressão é criar brigas conjugais "por causa igreja" e pedir para o casamento ir para o lixo em duas ou três nomeações - como  já temos visto acontecer...

Quem tem a vocação é o pastor, não a esposa; ela deve focar-se em manter sua casa em ordem para que o marido possa trabalhar em paz, sabendo que os filhos têm uma mãe presente exercendo a sua vocação natural de ser mãe. Moisés foi um grande líder vocacionado. Sabemos que sua esposa Zípora não suportou o chamado do marido Moisés e voltou para a casa do pai. Ela não conseguiu caminhar com ele, pois casou-se sem opção. Moisés seguiu sua vocação sozinho. Já a esposa de Abraão, caminhou com o marido em fé, apoioando-o na saúde e na doença, mas mesmo assim, Sara não era a “vice-líder”, já que o chamado era de Abraão e Deus somente cobrou e tratou com ele. Querem falar de Metodismo? O que me dizem do divorciado John Wesley?

O que Deus espera de uma esposa de pastor é que seja esposa e não co-pastora, salvo se ela também for pastora (o que é um caso ainda raro). A mulher não deve colocar sobre suas costas peso maior do que este. O pastor não deve exigir da esposa que seja mais que esposa. É insensato ele querer que a esposa seja uma “mini-pastora”, tão insensato quanto o piloto pensar que sua mulher é co-piloto ou o médico que a sua é enfermeira. Cada qual com a sua vocação, chamamento e profissão. O casal, juntos, não deve permitir que a Igreja, nem por brincadeiras, ponha nas costas da esposa obrigações que não sejam suas, salvo ela também ser pastora, remunerada para tal.

Dou graças a Deus por minha esposa, que é muito presente na Igreja: Dá aulas para crianças e coordena o Ministério de Educação, mas não por ser minha esposa, mas por ser vocacionada para isto desde solteira. Ela é um membro da comunidade, não uma “pastorinha”. Ela faz porque gosta e não por constrangimento e eu sempre a “repreendo” quando percebo que suas preocupações com a Igreja estão indo além do normal para um membro comum. Ela me apóia, me dá dicas, caminha do lado, assim como eu também faço por ela em sua vida profissional, apoiando-a sempre, sendo eu um auxiliador idôneo, já que “é melhor serem dois do que um...”, mas “cada um no seu quadrado”.

Luciano Maia

FOI PARA A LIBERDADE QUE CRISTO NOS LIBERTOU!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

1959 X 2010


1959 X 2010



Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.

Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranquilo à classe.
Ano 2010: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com trastornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.



Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.

Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no trazeiro... A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.

Ano 2010: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos deve absterse de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.


Cenário 3: José cai enquanto corria no patio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...

Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.

Ano 2010: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juizos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...


Cenário 4: Disciplina escolar

Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava umas boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.

Ano 2010: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreendernos e fica com a culpa por faze-lo . Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.

Cenário 5: Horário de Verão.


Ano 1959:Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada.

Ano 2010: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece celulite.

Cenario 6: Fim das férias.

Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.

Ano 2010: Depois de voltar de Cancún, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack" e seborréia...

Pergunta-se ...

QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE BOSTAS...?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A IGREJA DOS NOSSOS SONHOS

A IGREJA DOS NOSSOS SONHOS


AS NOTAS ECLESIAIS PARA O AMANHÃ



Conta um pregador que um dos meus membros sempre o aborrecia tecendo inúmeras críticas sobre o seu estilo pastoral, sobre a maneira como os demais irmãos viviam e Evangelho e sobre a gestão eclesial em geral. Aquele assunto era um espinho para o pastor, mas este sempre exercia o amor misericordioso com aquele membro. Após tantas reclamações, o irmão decide procurar outra igreja para freqüentar. Visitou inúmeras e sua busca dura quase que um ano inteiro. Até que um dia ele chega muito feliz para o pastor e diz: “Finalmente encontrei a igreja dos meus sonhos. Encontrei a Igreja Perfeita”. Ao que o pastor responde: “Portanto, não vá para esta igreja”. Confuso e sem entender onde o pastor queria chegar, fez a previsível pergunta: “Por quê?”, no que o pastor amorosamente responde: “Porque o dia que você for para esta igreja, infelizmente ela deixará de ser perfeita”.

Esta estória nos conta de maneira lúdica uma verdade: Não existe igreja perfeita, uma vez que todas elas são formadas por seres humanos, portanto, a matéria-prima de sua constituição não é perfeita, ao contrário. Pessoas são falíveis, pecaminosas, limitadas racional, cultural e espiritualmente. O ser - humano está em constante transformação e aperfeiçoamento, o que significa que o “eu” de ontem era pior que o de hoje. Quando colocamos em um único espaço de convivência e troca de poder pessoas tão limitadas e diferentes, teremos necessariamente inúmeros problemas para serem administrados.

Natural que nas igrejas tenhamos inúmeras circunstâncias conflituosas para serem administradas no seu dia-a-dia, sendo que esta realidade não é nem recente e nem privilégio de alguma denominação ou corrente teológica. Já na igreja primitivo, podemos observar na bíblia inúmeros conflitos existentes entre as lideranças e entre líderes e igrejas.

Em suas cartas, o apóstolo Paulo, algumas vezes foi rígido em discursas em sua própria defesa. Igrejas que ele mesmo fez parte de sua construção e crescimento, as quais, noutras circunstâncias, levantaram dúvidas sobre a sua liderança espiritual.

Vejamos também o caso de Pedro e Paulo, dois apóstolos, homens cheios do Espírito Santo, cheios de poder e Graça. Homens que lideravam os cristãos e eram tidos por colunas, mas homens que se desentenderam e que, em certo ponto de sua caminhada de fé, optaram por caminhos opostos. Crise Institucional é o nome que damos a isto na atualidade.

A igreja dos meus sonhos é, portanto, por definição utópica, uma vez que sonho com uma igreja sem confusões, intrigas, desavenças e brigas de poder.

Não obstante minha igreja dos sonhos não seja exeqüível, não irei aqui privar-me de apontar características mais viáveis para o estabelecimento de uma comunidade de fé dentro daquilo que eu hoje considero mais próximo de um ideal cristão:

1 – ESTRUTURA SERVA

Nos dias atuais e para que uma instituição possa se desenvolver, não há como fugir da institucionalização, assim, um movimento metodista é hoje fantasioso e inviável, pois é necessário que este movimento torne-se CNPJ, convertendo-se em instituição. Uma vez institucionalizada, o segundo passo é o desenvolvimento de uma estrutura organizacional: cargos, instâncias, procedimentos, normas, regras, Cânones...

A estrutura, portanto, como conseqüência da institucionalização, é uma realidade necessária, entretanto, penso que a estrutura organizacional deve ser serva da Igreja e não senhora.

A estrutura deve ser o conjunto de normas que visam servir a Obra do Senhor e não limitá-la. Não obstante esta afirmação, o que temos observado é que a estrutura organizacional metodista tem se tornado pesada e muitas vezes até um obstáculo. Ou seja, a estrutura deixa de ser uma serva e passa a ser uma Senhora, aquela que manda e “dá as cartas”. Numa situação destas pouco espaço é reservado para o Espírito Santo e a instituição passa a ser a sua própria dona. Deus é colocado de lado, digamos, como um “Deus-honorário”, com título de “Criador Honoris Causa”, aquele que tudo começou, mas que já não tem muito espaço para agir dentro da instituição que ele ajudou a construir, pois já somos grandinhos e sabemos o que queremos: Temos uma bela coleção de normas e instruções.

Portanto, uma instituição onde a estrutura serva, é um bom começo para a igreja dos meus sonhos.

2 – ALEGRIA NO SERVIÇO

Tenho nestes anos todos observado que existe um grupo grande de crentes que têm pouca ou nenhuma alegria em viver. A vida é vivida como uma carga a ser levada pela alma. Nada tem graça. Nada pode. Nada é de Deus e não estou falando apenas dos nossos queridos fundamentalistas conservadores ou pentecostais. Falo de um grupo que se culpa por estar alegre e pensa que a vida sendo vivida com risos e até brincadeiras, estará sendo espiritualmente desperdiçada.

Conseqüentemente, tais indivíduos formam grupos e tais grupos formam igrejas e a igreja passa a ser um hospital onde ninguém recebe alta, nunca! Pessoas chegam doentes e ali permanecem se não doentes, ao menos com a cara daqueles. Jesus veio para os doentes, mas para curá-los e ao para perpetuá-los.

Neste contexto, para o grupo em questão, o serviço ao Senhor passa, necessariamente, a ser pesado, um fardo a ser carregado, debulhando-se em lágrimas. Quantas vezes eu já chorei! E penso que muitas outras vezes chorarei pela minha vida, pela de alguém querido ou pela Obra de Deus que não é realizada adequadamente. A vida nos faz sofrer. Ver uma igreja morrendo ou um trabalho sendo destruído nos faz sofrer. Lágrimas, companheira de todos. Entretanto, um ponto é o fato de o sofrimento estar presente, outra questão é o sofrimento ser parte integrante e indissolúvel da vida da igreja e da vida daqueles que fazem a Obra.

Já ouvi algumas vezes esposas de pastores, por exemplo, rezando a prece das coitadas: “Ah... Como a gente sofre por ser esposa de pastor... Coitadas de nós, pobres sofredoras...”. Quanto peso, quanta dor, quanto sofrimento... Neste caso, específico dos cônjuges de vocacionados, percebo que realmente haja um conflito maior e especial dentre elas, uma vez que são fruto de uma expectativa anacrônica por parte de alguns membros ou igrejas. Ou seja, participantes de um mundo no qual foi conquistada pelas mulheres a sua independência psicológica, financeira, intelectual e profissional, muitas vezes a igreja fantasia que a esposa do pastor deva ser uma co-pastora, ou seja, uma profissional que é quase tão responsável quanto ele pelo “sucesso” dos trabalhos e pela manutenção da ordem institucional, entretanto, que não faz jus a remuneração.

Se observarmos friamente as escrituras, perceberemos que as esposas dos líderes neo e vétero testamentários eram em sua maioria figuras absolutamente inexpressivas ou, no máximo, coadjuvantes. Muitas esposas sequer são citadas. Não é adequado impor sobre as esposas dos vocacionados expectativas que vão além de mãe, esposa, e profissional. Quem é o “contratado” da instituição, o vocacionado, é ele. Com entre grande parêntese, levanto uma possibilidade do por que para as esposas dos vocacionados, a Obra do Senhor possa, muitas vezes, converter-se num martírio.

Retornemos ao ponto focal. Muitas pessoas, crente, honradas, honestas e sinceras diante de Deus, não raro, sentem-se escravizadas pela instituição, pelo horário do culto e pela manutenção da igreja.

Ir à igreja não é um prazer, mas uma obrigação. São, muitas vezes, ou possuídas de pavor por não irem ao culto, ou possuídas de um sentimento de culpa que não deixa uma pessoa viver emocionalmente saudável.

Devo ir à igreja porque é bom louvar, mas não porque sou constrangido a isto. Obrigação, neste caso, é do pastor apenas.

Neste contexto, podemos perceber que muitos pastores não colaboram com a saúde mental e emocional de seus liderados, impondo sobre eles excessiva carga, exagerando na dose das exigências, e impondo a presença em vários trabalhos. Pastores que não tem mais nada o que fazer e pensam que as pessoas não trabalham, não possuem família, não merecem descanso e lazer, enfim, que não vivem.

O pastor deve ser o primeiro a estimular as famílias a tirarem pequenas férias ou fazerem pequenos passeios fez ou outra: um domingo de pic-nic numa cachoeira de uma fazenda de algum conhecido: Qual é o ser humano que não necessita disto? Mas domingo? Não, domingo não é o dia do descanso! Aliás, Deus equivocou-se quando instituiu um dia para o descanso, Ele errou, deveria ter sim instituído um dia para a igreja, assim como nós, sabiamente, temos feito com nossas ovelhas.

_ Que descanse no sábado!

_ Mas pastor, sábado é o dia que tenho para cuidar dos afazeres da casa, consertar o carro, pregar o varal, comprar roupas com meus filhos...

_ Azar, seu mundano.

Neste contexto, a obra torna-se muito pesada para muitos e alegria no serviço esvai-se. A obra vira obrigação. Meu sonho? Que os pastores passem a estimular as famílias e descansarem ao menos uma vez por mês, separando um domingo para lazer, descanso e comunhão, pois sucesso pastoral não é apenas uma igreja cheia, mas, sobretudo, uma igreja com pessoas emocionalmente saudáveis e que se alegram em estarem ali, cultuando espontaneamente.

3 – Sinceramente tenho dificuldades em destacar outro aspecto que possa ser tão importante em minha opinião. Creio que se houverem mudanças nos quesitos 1 e 2 acima, já teríamos um igreja satisfatoriamente desejável por mais pessoas. Mas, em cumprimento à exigência acadêmica, vamos aoterceiro aspecto.

Destaco, portanto, o óbvio, o que deveria ser um pré-requisito e não um sonho, mas que, infelizmente, é uma carência em algumas comunidades ou em algumas instâncias eclesiais:
O amor.

Deus é amor. Se Deus é amor, o amor é Deus. Se o amor é Deus, quando agimos sem amor, não estamos sobre a influência de Deus. Não há Deus no ódio. O amor é Deus. Uma igreja que age sem amor, age sem Deus. O amor deve estar acima da lei, alguém tem dúvida disto?

Mas porque compreendemos isto na teoria apenas, uma vez que, na prática, o amor não está acima da lei metodista: Os Cânones? Infelizmente, em nosso caso, maior é a lei do que o amor... Em algumas igrejas locais, os documentos nacionais, regionais ou locais são elevados à categoria de deuses e o amor é relegado a um papel coadjuvante, citado formalmente na oração inicial e final de cada reunião. Em nome de documentos muitas vezes somos implacáveis e cruéis.

Ah! O amor! Se não tiver amor, nada serei. Uma igreja onde a lei é maior que o amor está míope.

Que Deus nos dê discernimento.

O PAPA É POP.


Papa Bento XVI é contra criação de perfis falsos nas redes sociais


 
O papa Bento XVI comunicou nesta segunda-feira (24/1) ser contra a criação de perfis falsos nas redes sociais. O Pontífice participou do 45- Dia Mundial das Comunicacões Sociais, dizendo que o internauta precisa ser "fiel a si mesmo", além de aconselhar os usuários a nunca acreditar em "ilusões, como a criação de falsas identidades e "perfis", opinou o papa.


No entanto, durante este mesmo evento, Bento XVI enalteceu a usabilidade das ferramentas na rede, mostrando-se ser favorável ao "compartilhamento" e ao "diálogo, a troca, solidariedade e criação de relações positivas", respondeu. Segundo a agências de noticias Ansa, outra preocupação do Pontífice é a de que as pessoas nao "se refugiem em uma espécie de mundo paralelo, ou de ter uma excessiva esposição no mundo virtual."


De acordo com o papa, existe a necessidade das pessoas serem autênticas ao comunicar-se com o mundo no espaco virtual, ter princípios éticos. "O envolvimento sempre maior no mundo digital estabelece novas formas de relações interpessoais, influencia na percepção de si e impõe, inevitavelmente a questão não somente do modo correto de agir, mas também da autenticidade do próprio ser."
As informações são do Terra.





terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Casamento e Empreendedorismo. A melhor coisa que você pode fazer pelos seus filhos é amar a mãe deles.

ATENÇÃO PASTORES, NO TEXTO ABAIXO  DE AUTORIA DO CONSULTOR DE EMPRESAS RICARDO JORDÃO, SUBSTITUAM A PALAVRA "EMPREENDEDOR" PELA PALAVRA "PASTOR"


Querida(o) Amiga(o),




Você deve conhecer aquele velho ditado que diz que "por trás de um grande homem existe sempre uma grande mulher"; talvez por trás de um grande estadista ou um grande artista exista sempre uma grande mulher, mas por trás de um empreendedor o que existe mesmo é um grande divórcio.



Existem as exceções, é claro, mas se você olhar as estatísticas de quem pede o divórcio no mundo ocidental, provavelmente encontrará uma imensa quantidade de casamentos arruinados pela ambição empreendedora do machão da família.



Casamento e empreendedorismo raramente combinam.



O que é uma pena porque o casamento com um cara apaixonado pela idéia de virar o rei dos computadores no Brasil é muito mais interessante do que o relacionamento com cidadão que pretende morrer como gerente da contabilidade.



Todos nós assistimos a incrível história de Chris Gardner - o negão empreendedor interpretado por Will Smith no filmaço "Em busca da felicidade". Chris é abandonado pela mulher nos trinta primeiros minutos do filme porque a dita não agüenta mais conviver com as frustradas tentativas de Gardner de empreender na vida.



Eu mesmo conheço dezenas de empreendedores brasileiros que estão na quarta ou quinta tentativa de empresa casados com a segunda ou terceira esposa. A primeira esposa já foi faz tempo; preferiu o salário de ex-mulher de empreendedor do que o pro-labore minguado.



Esse não é o meu caso. Eu continuo casado com a primeira e única esposa apesar das centenas de discussões ao longo de uma década de relacionamento sobre levar trabalho para casa, viver grudado no iphone, e colocar o futuro da família em risco por questões financeiras.



Casamento e empreendedorismo realmente não combinam. Casamento é sobre segurança e estabilidade, empreendedorismo é sobre arriscar e pensar grande. Casamento é sobre o que vamos fazer juntos pela família, empreendedorismo é sobre os sonhos megalomaníacos de uma única pessoa.



A verdade é que a necessidade de ser apaixonado pelo negócio vai pouco a pouco transferindo a paixão do casamento para a própria empresa. Eu já encontrei milhares de empreendedores apaixonados pelo negócio, mas poucos apaixonados pelo casamento. O fato é que o empreendedor acredita que vai salvar o mundo através do seu negócio, enquanto que o casamento vai salvar apenas a sua velhice de um futuro solitário.



Quando os filhos nascem, as coisas mudam um pouco; alguns empreendedores passam a balancear um pouco mais a vida pessoal com os negócios, mas a esposa não deve comemorar, a mudança é temporária. Quando os filhos começam a andar, tudo volta a ser como era antes.



É claro que existe o 1% de empreendedores que encontram rapidamente o caminho do sucesso e transferem para o casamento o espólio das suas conquistas. Contudo, o verdadeiro empreendedor nunca fica satisfeito com o que tem; quando atinge uma meta logo vai atrás de outra, e o “inferno” empreendedor continua ad infinitum.



Eu conheço alguns empreendedores - em especial um determinado maluco, que passou a vida inteira pulando de uma meta para outra sem se preocupar em arrumar alguém especial. Hoje ele está sentado no dinheiro mas não tem com quem compartilhar a riqueza que acumulou. Ele passa o Natal sozinho, o aniversário sozinho, viaja o mundo sozinho – e quando viaja nem fotos ele traz. Ele não gosta de tirar fotos de si mesmo sozinho, e muito menos das paisagens e lugares sem ninguém por perto; então, ele não traz lembrança alguma dos lugares que passa porque não tem para quem mostrar, ou porque guardar.



É muito importante ter uma esposa que suporta os seus sonhos. O casamento não deve ser um impedimento para o empreendedor; pelo contrário, deve ser a alavanca emocional que o cara precisa para perseverar durante os anos, as noites, os feriados e os finais de semana necessários para fazer o negócio dar certo.



A Sua Esposa é o Seu Cliente Número 1!



E você, somente você, é o grande responsável pela manutenção e prosperidade dessa conta.



Baseado em uma década de casamento com empreendedorismo, aqui vão algumas dicas que compartilho com aqueles que estão vivendo o desafio de manter simultaneamente a empresa e o casamento em incríveis estados de felicidade.



1. A agenda do antibiótico é mais importante do que a agenda de reuniões. Imagine se a esposa sumisse por 24 horas. O que seria dos seus filhos? Você saberia fazer o café da manhã que eles tanto gostam de tomar? Você saberia dizer em qual gaveta estão as roupas da escola? Você saberia dizer qual é a escova de dentes que eles usam todos os dias? Você saberia dizer qual hora começa a aula dos pimpolhos, e qual hora exatamente você deve pegá-los na escola? Você saberia dizer quais são os medicamentos que eles tomam, e qual exatamente é a hora que deve medicá-los?



Eu sei o que você vai dizer. O empreendedor é responsável por trazer o dinheiro para a casa, e a esposa é responsável por manter a casa em ordem. Esse deveria ser um trabalho em equipe, e você faz a sua parte.



Eu entendo o seu ponto de vista. Mas se você quiser manter um casamento saudável, você precisa mudar a sua atitude com relação a isso. Do mesmo jeito que a sua esposa sabe de uma maneira ou de outra dos altos e baixos do seu negócio, você deveria se envolver com o mundo dela.



A minha filha tem asma. Eventualmente ela tem que tomar certos remédios. Se a minha esposa sumir da face da Terra de uma hora para outra, ninguém mais saberá qual remédio dar e quando dar. Somente a minha esposa sabe. O fato de eu deixar essa responsabilidade tão importante apenas nas suas costas, a deixa super preocupada e estressada. É um grande alivio para ela compartilhar essa responsabilidade com o marido.



Marido esse que sempre está ocupado em reuniões, viagens, telefones, computador, e nunca tem tempo, ou demonstra vontade em conhecer o mundo da esposa. Levar os filhos na escola, escovar os seus dentes, medicá-los, vestí-los, levá-los no pediatra, são rotinas que você – empreendedor – deveria se envolver de vez em quando, mostrar interesse, e puxar conversa. Ou você ainda não aprendeu que nunca deve delegar uma responsabilidade, apenas as tarefas?



O universo empreendedor do seu negócio é dú caramba, parabéns, mas você precisa entrar no mundo da sua esposa!



2. Coloque a sua esposa no “Conselho de Direção” do seu negócio. Esse mundo em que vivemos é dos machos. Graças aos céus que eu não nasci mulher, coitada delas. É uma puta sacanagem do homem tomar decisões importantes que afetam a vida da mulher sem sequer avisá-la ou pedir a sua opinião.



Você é o empreendedor, você é o cara que viaja na maionese nessa história. Você precisa de alguém com pé no chão para salvar você de você mesmo.



A pessoa certa para fazer isso é a sua esposa. Os seus funcionários são puxa-sacos, os seus gerentes tem medo de te contrariar, a única pessoa que tem liberdade para ser 100% honesta com você é a sua esposa. Permita a ela participar das decisões que podem mudar o curso das suas vidas.



Nesses últimos anos, por duas ou três vezes, eu não escutei o conselho conservador da minha esposa e quebrei a cara. Desde então eu prometi a mim mesmo que sempre irei envolver a minha esposa em qualquer decisão importante que eu venha a tomar na minha vida.



Muitos dizem que jamais conseguiriam trabalhar com a esposa, ou vice-versa, mas em quem você poderia confiar mais do que na sua cara metade?



3. Um Sorvete, Um Jantar, Uma Volta no Quarteirão, Uma Viagem. Tempos atrás eu li uma pesquisa gringa que mostrava que em média um casal moderno conversa 7 minutos por mês! 7 minutos por mês!



Da mesma maneira que você reserva as manhãs de quarta-feira para o staff meeting da sua empresa, você precisa definir alguns horários para o casal se encontrar, conversar, sair, deixar a vida para trás, vagabundear com conversas aleatórias sobre as vitórias do passado, os desafios do presente, e os sonhos para o futuro.



Todos os anos eu e a minha esposa tentamos tirar uma semana de férias; apenas ela e eu, longe dos filhos, longe da empresa, longe de tudo. É a melhor coisa que você pode fazer para jogar uma nova luz sobre o relacionamento.



Mas você não precisa ir tão longe para renovar o espírito das coisas. Deixe os filhos na casa dos seus pais no sábado a tarde, e saia para um sorvete a dois naquela velha sorveteria onde vocês costumavam frequentar quando se conheceram, pode fazer uma grande diferença.



4. No final do dia, CRM nos corações! Você sabe que se não trabalhar o relacionamento que possui com o melhor cliente da empresa você está perdido, certo? Namore a sua esposa como você namora o cliente mais importante da sua empresa.



Qual foi a última vez que você deu flores para a sua esposa? (A minha esposa acaba de me lembrar que faz mais de 1 ano que eu não dou flores para ela), Qual foi a última vez que você levou café-da-manhã na cama? (2 anos), Qual foi a última vez que você a surpreendeu com uma cesta de café-da-manhã? (6 meses).



O segredo de um CRM bem feito – hehehe -, é mapear as necessidades do cliente e se antecipar ao que você mesmo sabe que é importante para ele. Seja VOCÊ o cara a sugerir quando vai rolar a visita à casa da sogra, seja VOCÊ o cara a sugerir um cenário para que ela possa ir no salão de beleza com tranquilidade, seja VOCÊ o cara a sugerir o local onde vocês vão passar o próximo final de semana, seja VOCÊ o cara a sugerir coisas que são importantes para ela.



No final do dia, tem cliente mais “chato” que a sua esposa?



Ser um marido decente é o treino que você precisa para conquistar melhores clientes.



No final desses anos todos uma coisa eu aprendi: não existe fórmula nenhuma para fazer um relacionamento dar certo. De uma hora para outra pessoas 100% racionais se tornam pessoas emocionais, e vice-versa.



Você nunca sabe o que vai explodir depois que você aperta um botão que nem percebe que apertou.



O ponto de partida é a vontade profunda de ver o negócio dar certo. E procurar lembrar que os conflitos acontecem por questões externas a vocês dois. Vocês dois, juntos, sozinhos, dão certo. Portanto, vamos juntos resolver os problemas externos com o melhor espírito empreendedor possível.



Para fechar essa história, que tal um depoimento real de uma esposa casada com um empreendedor?



Lá vai:



“Viver com um empreendedor é um mix abençoado de emoções. As horas de trabalho são longas, as vezes as reuniões se extendem por finais de semana, as vezes temos que interromper as férias porque algum problema explodiu na empresa. A presença do Blackberry é irritante – eu odeio quando ele leva o telefone para a piscina. Eu fiz MBA na FGV, mas eu aprendi mais sobre negócios ao estar casado com um empreendedor. Ele me ensinou a vender, ele me ensinou marketing, ele me ensinou finanças. Eu já trabalhei em grandes empresas e sei o quanto frustrante é trabalhar em ambientes burocráticos. A liberdade que o meu marido tem para trabalhar não tem preço. Ter um marido empreendedor é muito inspirador, talvez, um dia desses, eu mesmo vou abrir o meu próprio negócio”.



Com o empreendedorismo eu mudo o mundo, com o casamento eu mudo o meu bairro; com o casamento eu mudo a minha vida, com o empreendedorismo eu mudo o meu futuro.



As coisas tem que casar.



NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA.



QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?



Ricardo Jordão Magalhães

Empreendedor Casado

E-Mail e Messenger: ricardom@bizrevolution.com.br